Desde que comecei no Aikido escuto comentários sobre a efetividade da nossa arte em combates, em geral vindos de “artistas marciais” para os quais as competições estão no âmago de suas práticas. O Aikido, apesar de ser cronologicamente uma arte nova, criada por volta da época da Segunda Guerra Mundial, carrega consigo a herança de uma história marcial muito antiga que remonta aos samurais. Trata-se, portanto, de técnicas que vem sendo usadas há centenas de anos.
Para os descrentes do Aikido, digo que atualmente o ensino desta arte está presente em muitas corporações militares como polícias e exércitos em todo o mundo, e que se não fosse uma arte efetiva marcialmente contra agressões provavelmente não seria escolhida por estas instituições em seu currículo de treinamento.
Diferentemente das artes marciais de “ringue”, o Aikido se propõe a controlar uma agressão; desta forma, nosso treino não está voltado para competições e justamente por isso cria-se uma certa repulsa, principalmente nos indivíduos em que a mente somente está voltada para o conflito e para a briga. No Aikido estamos em busca de um espírito de harmonia com todos e isso deve estar presente em nosso treinamento, mas buscando sempre um espírito forte e preparado para qualquer situação que se apresente.
Para mim, pensar no Aikido somente no campo da efetividade marcial é uma estreiteza mental, e até um insulto ao fundador de nossa arte, O-Sensei Morihei Ueshiba - mas isso envolve uma discussão filosófica muito abrangente, que não cabe aqui. Oriento a todos a experimentarem e treinarem por um tempo o Aikido antes de dar opiniões sobre o que não conhecem.
Na paz, no caminho.
Felippe Sabanai
Ótimo artigo. Acho que todo aikidoca já ouviu sobre a efetividade da sua prática. Mais ainda, é não se deixar levar por comentários de pessoas cujo objetivo é competição, e não a contenção de forma pacífica. _/|\_
ResponderExcluir