2 de out. de 2012
Onde situar a mente (parte 2) - Takuan Soho
Certa vez, uma pessoa disse: “Onde quer que eu situe minha mente, minhas intenções ficam presas ao lugar para onde ela vai, e eu perco o combate. Por isso, situo minha mente logo abaixo do umbigo e não deixo de vaguear. Dessa maneira, sou capaz de mudar de acordo com as ações do meu oponente.”
Isso é razoável. Mas segundo o ponto de vista mais elevado do Budismo, situar a mente logo abaixo do umbigo e não deixá-la vaguear não corresponde a um alto nível de compreensão, mas a um nível baixo. Corresponde ao nível da disciplina e do treinamento, ou ao nível da seriedade.
Supõe que tu situes a mente abaixo do umbigo e não deixes vaguear: tua mente será capturada pela mente que concebe esse plano. Tu não terás a capacidade de avançar e serás como um escravo, sem liberdade alguma.
Isso leva a próxima pergunta: “ Se o ato de situar a mente abaixo do umbigo me deixa preso e incapaz de agir, ela não tem utilidade nenhuma. Sendo assim, em que parte do corpo devo situar a mente?”
Respondi: “ Se tua a situares na mão direita, ela será capturada pela mão direita e o corpo perderá sua capacidade de ação. Se tua situares no olho, ela será capturada pelo olho e o corpo perderá sua capacidade de aça. Se tua a situares no pé direito, ela será capturada pelo pé direito e o corpo perderá sua capacidade de ação.”
(Trechos do Livro: A Mente Liberta, de Takuan Soho, Editora Cultrix)
Continua...
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